As forças de Porter: Analisando a Competição
- William Berto
- 3 de jul. de 2019
- 3 min de leitura

Não há como falar de estratégia empresarial sem citar Michael Porter. Ele desenvolveu o modelo das 5 forças. Esse modelo analisa cinco fatores específicos que ajudam a determinar se uma empresa pode ou não ser lucrativa, com base em outras empresas da indústria (é como ele chama o segmento de atuação da empresa).
Porter considerou que as forças competitivas eram cruciais para a tomada de decisão estratégica efetiva.
No modelo de Porter, as cinco forças que dão forma à competição da indústria são:
1. Rivalidade entre concorrentes
Esta força examina o quão intensa é a concorrência atualmente no mercado, que é determinada pelo número de concorrentes existentes e o que cada um é capaz de fazer.
Essa concorrência é elevada quando há apenas algumas empresas vendendo igualmente um produto ou serviço, quando a indústria está crescendo e quando os consumidores podem facilmente mudar para a oferta de um competidor por um custo baixo.
Quando a concorrência é alta, a guerra de preços pode acontecer, o que pode prejudicar a empresa e provavelmente, todo o segmento.
2. Poder de barganha dos fornecedores
Esta força analisa o quanto é o poder do fornecedor de uma empresa e o quanto controle ela tem sobre os preços, o que, por sua vez, poderia reduzir a rentabilidade de uma empresa.
Além disso, considera a quantidade de fornecedores disponíveis: quanto menos há, mais poder eles têm.
As empresas estão em melhor posição quando há uma grande quantidade de fornecedores.
A D.Socorro, proprietária de um mercado em Pirapora do Bom Jesus, relatou o poder de um fornecedor poderoso: ao pedir determinada quantidade do produto líder, ela sempre é obrigada a comprar outros produtos - mesmo que não queira. Além do fato de que se ela não vender ao preço sugerido pelo fornecedor, o preço de venda para ela será maior. Ou seja, ingerência do fornecedor no negócio dela.
3. Poder de barganha dos clientes
Esta força analisa o poder do consumidor para afetar os preços e a qualidade. Os consumidores têm poder quando não há muitos deles, mas muitos vendedores, bem como quando é fácil mudar de produtos ou serviços de uma empresa para outra.
O poder de compra é baixo quando os consumidores compram produtos em pequenas quantidades e o produto do vendedor é muito diferente de qualquer um dos seus concorrentes.
4. Ameaça de novos entrantes
Esta força examina o quão fácil ou difícil é para os competidores se juntarem ao mercado na indústria em análise.
Quanto mais fácil for para um competidor se juntar ao mercado, maior será o risco de esgotamento da quota de mercado de uma empresa. As barreiras à entrada incluem vantagens de custo absoluto, acesso a insumos, economias de escala e marcas bem reconhecidas.
5. Ameaça de produtos substitutos
Esta força estuda o quão fácil é para que os consumidores troquem do produto ou serviço de uma empresa para o de um concorrente. Ele analisa quantos concorrentes existem, como seus preços e qualidade se comparam ao negócio que está sendo examinado e quanto do lucro que esses concorrentes estão ganhando, o que determinaria se eles podem baixar seus custos ainda mais.
A ameaça dos substitutos é informada pela troca de custos, tanto imediatos quanto de longo prazo, bem como a inclinação do comprador a mudar.
Conhecer as ideias de Porter nos dão valiosos insights para entender, melhorar e corrigir a estratégia empresarial.
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